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JOSÉ VICENTE DANIEL
( Brasil – Minas Gerais )

Nascido em 28 de outubro de 1936 na Cidade de Pequeri-MG, iniciou-se na data de 18 de maio de 1985 na Loja Maçônica Theodórica, de Pequeri-MG, onde ocupou todos os cargos, inclusive o de Venerável Mestre.
        Possui o Grau 33 do Rito Escocês Antigo e Aceito, ocupa a cadeira nº 18 da Academia Maçônica de Letras de Juiz de Fora-MG, que tem por patrono “Benso di Cavour”.
        José Vicente Daniel desde o início foi um grande entusiasta e, juntamente com o Irmão Ivo Reinaldo Christ, o maior incentivador da ideia de se criar na região uma Academia de Estudos Maçônicos.

Pelo seu imprescindível apoio e pelo inestimável valor como Homem, Maçom, Amigo e Catedrático, o Irmão José Vicente Daniel, na companhia do estimado Irmão Ivo Reinaldo Christ, compõe o quadro de PATRONOS da Academia de Estudos Maçônicos do Vale do Baixo Paraíba.

ANTOLOGIA DEL ´SECCHI,  2008. Organização Roberto de Castro Del´Secchi.  Rio de Janeiro:  Del´Secchi, 2008.  404 p. 14 x 21 cm  ISBN 85-86494-14-3 
No. 10 253
Exemplar da biblioteca de Antonio Miranda

       ESTA GENTE PERDIDA
       (GENTE EXCLUÍDA)

Caminhando sempre, vagarosas e lentamente,
pelas estradas da vida, deparamos com tanta gente,
irrequieta, e cambaleante, andarilha, tristonha e sofrida.

Gente que vagueia sem rumo certo.
Gente que busca, e se acha perdida.
Gente que cora, reprime seus prantos
Que sofre no mundo sozinha, e que é da sorte despida.

Gente sem lar, sem afeto, sem Ter um amor
Nem mesmo guarida. Gente que sem chance,
Sem casa, sempre triste, que tem sua alma doída.

Gente que um dia, talvez, já foi outra gente.
Que teve alegrias, e teve tudo na vida.
Que teve luxo e riquezas, mas hoje em dia
É só uma gente esquecida.

Destino cruel dessa gente.
Seu mundo um fantasma de toda aliança rompida
E temor de viver, e carência de paz,
Presente a ilusão junto a si, e de esperança vencida

Essa gente perdida, sem rumo na vida,
De amizade rompida e de sorte despida
De existência sofrida, de consciência doída,
Sem teto e guarida, vai vivendo esquecida.

De esperança vencida, de batalha perdida.
Caminhando abatida, de ilusão já “morrida”,
Não espera, sentida, mais nada na vida.


E TUDO... CHEGANDO AO FIM

Cadê os apertos de mãos,
Símbolos de grande amizade?
Cadê os abraços apertados,
Que refletem a dor da saudade
Cadê os beijos tão cálidos,
Que são marcas da felicidade?
Onde está o vulto querido,
Daquela criatura inocente?
Onde está o sorriso tão meigo,
Que mexe com a vida da gente?
Onde está o rosto tão lindo,
De uma pureza imanente?
Por que, nada mais existe,
E agora é somente ilusão?
Por que, nem cinzas existem,
D´uma febril e doce paixão?
Por que, agora, são gélidas,
As chamas do meu coração?
Será que esta vida tão breve,
Foi fruto apenas d´uma passagem?
Será que era falso o espelho,
Que só refletia sua imagem?
Será que essa irrealidade,
Foi fantasia de uma miragem?
Que importa a vida de agora,
Vida onde o amora não alcança?
Que importa este mundo tristonho,
Já despido de toda lembrança?
Que importam as trevas da noite,
Se não existe mais esperança?
Tudo, talvez, o fim de uma vida,
Que só buscava a paz e o amo.
Tudo, agora doído, já desfeito,
E dos dias sem o seu esplendo.
Tudo, enfim, chegando ao seu fim.
É a vida cruel, sem luz, sem calor!

*
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Página publicada em fevereiro de 2025